“Governo tem dinheiro, só falta sensibilidade”, afirma representante do Sintese

Por Joangelo Custódio

 

A quebra de braço entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese) e o Governo do Estado parece que vai continuar. Nesta quarta-feira, 20, os professores se reuniram em assembleia e decidiram pela manutenção da greve por tempo indeterminado. 

 

A categoria cobra do governador Jackson Barreto o pagamento do reajuste do piso salarial aos professores, equivalente a 13,01% já para este ano, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança nas escolas.

 

Segundo o professor Roberto Silva, representante do Sintese, o Governo tem, sim, condições de pagar o piso. “A reunião com os membros do Governo não convenceu. Por isso, decidimos, em assembleia hoje, esperar uma resposta do Governo. Mas vamos esperar em greve. Entendemos, de forma absoluta, de que vamos esperar uma contraproposta do piso, mas vamos esperar em greve. O Governo tem dinheiro, só falta sensibilidade", rechaçou.

 

Roberto foi taxativo ao afirmar que o Governo dispara para a sociedade e para os veículos de comunicação o discurso de que não tem recurso. “Esse discurso de que não tem dinheiro não convence. O Governo precisa explicar por que tem uma diferença tão exorbitante de um relatório da Secretaria de Educação para o da Secretaria da Fazenda. Esse discurso do Governo é recorrente e anual. Entendemos que, se eles têm interesse, de fato, de que a greve tenha fim, eles precisam dar uma resposta imediata de pagamento do piso”, rebateu.

 

O representante do Sintese disse ainda que os professores não vão abrir mão do reajuste. “Se o Governo tivesse pago o reajuste, não estaríamos em greve. Só sairemos da greve se recebermos a segurança de que o Governo vai fazer o reajuste. Em nenhum momento eles apresentaram uma proposta concreta”, concluiu Roberto. 

 

Nova Assembleia

 

Durante a assembleia desta quarta, ficou agendada para amanhã, 21, um ato por volta das 14h, reunindo todos os professores no Calçadão da João Pessoa, em Aracaju. E na próxima segunda-feira, 25, acontecerá mais uma assembleia, às 15h, no Instituto Histórico e Geográficos de Sergipe.